03.12.21

O que é mais eficaz no controle de peso? O modelo de balanço energético ou o modelo de carboidrato-insulina?

Estudo conclui que modelo de carboidrato-insulina reflete melhor o conhecimento sobre a biologia do controle de peso corporal do que o modelo de balanço energético

Notícia

Artigo publicado no American Journal of Clinical Nutrition concluiu que o modelo de carboidrato-insulina reflete melhor o conhecimento sobre a biologia do controle de peso corporal do que o modelo de balanço energético. A revisão histórica, que conta com a participação de Gary Taubes, especifica hipóteses testáveis para ajudar resolver controvérsias e clama por um discurso construtivo entre campos científicos sobre esta questão de importância crítica para a saúde pública mundial.

Traçando um breve histórico sobre a compreensão científica a respeito da base biológica do ganho de peso, os pesquisadores destacam a importância dos fatores ambientais para explicar a pandemia de obesidade. Segundo eles, no último século, surgiram dois modelos que abordam as causas ambientais da obesidade: o modelo de balanço energético e o modelo de carboidrato-insulina.

O primeiro afirma que alimentos ultraprocessados, muito saborosos e densos em energia geram um balanço energético positivo por meio do aumento da ingestão e, portanto, resultam em deposição de gordura. Para o segundo, os carboidratos de fácil digestão, agindo por meio da insulina e de outros hormônios, aumentam a deposição de gordura e, portanto, geram um balanço energético positivo.

Não obstante chegarem a conclusão de que o modelo carboidrato-insulina reflete melhor o conhecimento sobre a biologia do controle de peso corporal, os pesquisadores afirmam que o resultado apresentado no artigo não pode fornecer uma representação completa e precisa de todos os mecanismos causais da obesidade e nem exclui a existência de outras influências.

Assim, é possível haver um terreno comum entre os dois modelos: “Por exemplo, preferências hedônicas programadas para doçura podem impulsionar o consumo de alimentos açucarados (consistente com o modelo de balanço energético), que por sua vez também pode afetar a partição de substrato por meio de mecanismos independentes de calorias (consistente com o modelo de carboidrato-insulina)”.

Independentemente do modelo adotado, o importante para os formuladores do estudo é que haja a colaboração entre cientistas com diversos pontos de vista para testar suas previsões em pesquisas rigorosas e imparciais.

“Pesquisas rigorosas usando modelos complementares serão necessárias para resolver o debate, esclarecer um meio-termo ou apontar o caminho para novos modelos explicativos que melhor englobem as evidências. Com a carga massiva e crescente de doenças relacionadas à obesidade em todo o mundo, este trabalho deve assumir essa prioridade”, concluem.

Confira aqui o artigo na íntegra.

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