17.03.21

Em jejum ou alimentado?

Qual forma de aeróbico é mais eficiente para a perda de gordura

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Qual forma de aeróbico é mais eficiente para a perda de gordura?

Essa dúvida é muito comum, inclusive entre profissionais de educação física e nutrição. E por preconceito e/ou desconhecimento, a palavra “jejum” ainda provoca arrepios em muita gente; afinal, nas últimas décadas a indústria e a mídia nos acostumaram com a ideia de que o corpo humano precisa de suprimentos várias vezes ao dia, com pequeno intervalo de horas. A verdade é que nenhum animal nasceu biologicamente preparado para ingerir alimentos com tanta frequência; logo, do ponto de vista evolutivo, a prática de jejuar é natural do ser humano.

Recentemente nos deparamos com um conteúdo publicado pela “Liga Acadêmica de Medicina do Esporte e do Exercício” de uma faculdade, que questionava a eficiência do exercício aeróbico em jejum na redução da gordura corporal. “O exercício aeróbico em jejum é ‘tudo isso’?”, questionavam em tom irônico. “Alguns autores sugerem que tal alteração de peso é advinda da redução de massa magra e da perda de água”, mencionaram em outro trecho. E finalizaram a publicação concluindo que “mesmo que o aeróbico em jejum use os lipídios como fonte principal de energia (…), há escassez de estudos que respalde completamente essa prática”.

E você? Como vem percebendo maior perda de gordura, fazendo seu aeróbico em jejum ou alimentado? 🧐

A Mariana Bastiian (Especialista Brasil Low Carb e instagram @mariana.bastian) que após a certificação em Low Carb High Fat (LCHF) / Keto pela Noakes Foundation vem aprimorando sua pesquisa no Primal Health Coach (Califórnia), curso intensivo idealizado pelo atleta norte-americano Mark Sisson, explica o motivo dessas divergências de opiniões:

“No caso de atletas de treinamento pesado e outros queimadores de alto teor calórico que frequentemente esgotam os estoques de glicogênio muscular, a sabedoria convencional defende fortemente o consumo de grandes quantidades de carboidratos para aumentar o desempenho durante esforços sustentados e para reabastecer os músculos rapidamente com mais carboidratos (imediatamente após o exercício). Essa premissa é validada bioquimicamente quando uma dieta rica em carboidratos é seguida. Um atleta dependente de carboidratos realmente queimará glicogênio significativo durante um treino sustentado de intensidade média a difícil, e precisará reabastecer imediatamente depois para promover a recuperação e prevenir o catabolismo muscular.

Um atleta pode se tornar (com uma alimentação baixa em carboidratos, portanto reduzida em insulina) ceto-adaptado à medida que desenvolve uma necessidade reduzida de glicogênio / glicose durante o exercício de resistência sustentada para combustível, e, assim, terá uma necessidade reduzida de repor carboidratos após o exercício. A eficiência na queima de cetonas e de gordura não só fornece fontes de combustível estáveis ​​para esforços prolongados em intensidade baixa a média, mas também poupa a conversão de tecido magro em glicose por meio da gliconeogênese, como pode ser o caso quando um atleta dependente de carboidratos fica com pouco glicogênio / glicose e não tem habilidade para queimar ácidos graxos ou cetonas”.

Quem é você nesta história? O dependente de carboidratos para obter um maior desempenho nos treinos ou um “ceto-adaptado”, que ao adotar a low carb como estilo de vida usufrui dos benefícios de usar a gordura como combustível?


Referência:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1373635/

Imagem: Freepik

Leia mais:

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