27.07.21

Dia do Pediatra: o que mudou na alimentação infantil em função da pandemia?

Artigo

O dia 27 de julho é marcado pelo Dia do Pediatra, por isso convidamos uma especialista no assunto, a Dra Teresinha Souto, para compartilhar conosco suas impressões sobre como a alimentação infantil vem sofrendo com as mudanças impostas pela pandemia.

“O ano de 2020 revirou nossas vidas de cabeça para baixo e, quando, no futuro, forem realizados estudos sobre hábitos alimentares e antropometria tenho a impressão que a obesidade como um todo e a obesidade infantil terão alcançado níveis recordes em função da pandemia – não só no Brasil, mas no mundo todo, mesmo levando-se em conta o agravamento de todos os problemas sociais. Estamos comendo mais e pior; e muitos, em virtude da fome, estão comendo menos e pior.

Em 2019, quando foi lançado o guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos, já era salientado que 2 em cada 3 crianças brasileiras menores de 6 meses já recebem outros alimentos que não o leite materno – em geral leite de vaca com adição de farinha e açúcar –, e apenas 1 a cada 3 crianças ainda recebem leite materno aos 2 anos de idade.

Segundo o Atlas da Obesidade Infantil, 18,9% das crianças de até 2 anos têm excesso de peso e 7,9% estão obesas. Quase metade das crianças de 6 a 23 meses (49%) haviam consumido algum alimento processado no dia anterior à pesquisa.

Sabe-se que a introdução precoce de alimentos ultraprocessados, ricos em farinha, açúcar e gordura vegetal, aliados ao baixo consumo de alimentos in natura, está associado ao sobrepeso e obesidade infantis e doenças crônicas no futuro.

Se por um lado muitas famílias cozinharam mais em casa e conseguiram se reunir mais para as refeições, outras aumentaram o consumo de alimentos ricos em calorias e pobres em nutrientes – e estas consequências são nefastas.

No Dia do Pediatra, reforço a importância das recomendações do guia, principalmente o não uso de açúcar, a introdução alimentar com alimentos frescos e comida de verdade e a redução dos alimentos processados para as crianças menores de 2 anos – hábitos estes que deveriam ser estendidos para toda a vida.”

Dra Teresinha Souto é pediatra com experiência em low carb. CREMESP 61148

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